“O Mecanismo”
Assisti em dois dias os 8
episódios da série da Netflix “O mecanismo” que tem criado muita polêmica e
protestos principalmente nas hostes esquerdistas e vou nesta crônica dar minha
opinião:
É uma série muito bem filmada,
com um elenco muito bem escolhido e principalmente uma escolha muito bem-feita
em relação aos personagens “fictícios” “inspirados” na realidade, para quem
conhece e acompanha a operação Lava Jato.
É claro que Lula, Dilma et
caterva ficaram putos da vida, ver suas mazelas contadas por um esquerdista convicto
como o Cineasta José Padilha foi um tiro de misericórdia na já combalida dupla.
As minhas ressalvas vão em
relação a forma como retrataram o Juiz Sérgio Moro como alguém vaidoso e
ególatra, pois por tudo que conheço a respeito do mesmo em momento nenhum passa
esta impressão, outra ressalva é que de uma forma passa a ideia de que “O
mecanismo” é perpetuado pelos empresários e não por uma canalha política, não
acredito que haja inocentes, mas os corruptores “empresários” criam as
situações para a existência dos corruptos “políticos” e “agentes públicos” e a
impunidade de uma certa forma dava a
senha para a participação destes no maior sistema de corrupção já visto no
mundo.
Concluo que vale a pena sim assistir
a série sim, porém que não se engane os incautos e inocentes de que a
generalização de que todos estão envolvidos sem exceção não foi sem propósito, temos
que ter cuidado para não entrar nesta conversa que não tem jeito, e que
roubaram porque todos roubavam, e reafirmo algo que quem me conhece sabe “não
tenho bandido de estimação” e brigo para que todos os culpados independentemente
de partido sejam punidos exemplarmente, e acredito que podemos sim depurar o
nosso sistema político e não admitiremos mais a impunidade, que tenhamos também
a clareza que nada educa mais que o exemplo, e temos que ser ético desde as
pequenas coisas para mudarmos a cultura do jeitinho brasileiro!
2018 pode ser o ano da virada deste
país, depende de nós não elegermos gente corrupta e nem despreparada, pois nossas
dificuldades não vêm só da corrupção, mas também da falta de competência na
gestão da coisa pública!